Dogma

Sangue e frio

Dogma
Noite negra no poço da alma
que de um homem se fez campo de batalha
Traz no gesto o desespero sangrento
de outrora Ter sido mal amado

Longe de toda a reles humanidade
em solidão a sua alma se redime
Escrevendo dia e noite o sentido
por anjo ou demónio ditado

Em sangue e lágrimas
caiu a antiga Hispânia
O vento varreu
o nome dos heróis

Em sangue e lágrimas
caiu a antiga Hispânia
Só restou um cavaleiro negro
e um rio vermelho de sangue

Sangue e frio
e morte
E o rio
que corre
Por baixo de ti

Trocando a ambição herdada
pela pobreza do Crucificado
E o orgulho de godo
pelo hábito santificado

Mas eis que do mar se erguem
os exércitos da lua crescente
Cimitarra contra franquisque
morte à geração decadente

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