Ensaio de guerra

O sopro (ou simplesmente ana)

Ensaio de guerra
Fragilidade estonteante quebrou o vidro da janela
E quis só por um instante poder sorrir com ela

Ver o medo em degrade
Esquecer a vontade de morrer
Ver o medo em degrade

É só a chuva que queima
Não importa...
É só o vidro que corta
E a vida que teima

Se pendurou pela escada
Deitou os cabelos pelo chão
Quis gritar em sua sacada
Débeis tentativas, tudo em vão

É mais um corpo que apodrece enquanto a alma entristece
É mais um corpo que apodrece

É só a chuva que queima
Não importa...
É só o vidro que corta
E a vida que teima

Paredes desconstruídas do quarto
Descortinadas janelas de dor
Sem luta devaneio ou parto
E um mundo incolor


Visto de um aquário de vidro
Enfeite num solar de vivos
Visto de um aquário de vidro

É só a chuva que queima
Não importa...
É só o vidro que corta
E a vida que teima

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