Espada de netuno
Eriko alvymo verbo sangra,
o que ficou na estrada?
Solidão e abismo - desembaraço
o que se pode perder quando o sol
queima as evidências do crime?
Nenhuma causa é nova
para que se morra, as trombetas
soaram e bêbados esquecemos do fim
Aonde encontro na mulher
o ser supremo? olho ao redor
- a chegada dos répteis percebo
Há fuga na masmorra
apenas a quem não vende bem,
loucos vampiros engarrafam sangue jovem
Ao cair da noite
encontro a cripta violada,
o corvo aproveitou esvaziando de cor o arco-íris
A chuva revela:
apenas de máscara
somos invisíveis
Nada mais espero do amor,
sinas de fumaça avisam
só o medíocre conhece o tom da canção
Aonde o trem parar
será eternamente passado
descerei na incerteza do abismo
os que se iludem aguardam
a aurora abrir os céus:
só a noite permanece
Na escadaria de Atlântida
encontro a sereia
e a espada de netuno é minha.