Magia botânica
Eriko alvymO espectro do cavalo libertado das chamas do motor
Iniciou um tempo cuja democracia
É o crânio de uma caveira de carvão
Os nobres do espírito cravaram bandeiras de gás
Nas bordas dos precipícios sem lei
E o medo eleito imperador
Deixou proscritos os deleites do amor e da pureza
Mas nem por isso prendo a fera que empunha a espada da minha alma
O mergulho da juventude na carne que me orna
É banhado nas entranhas deste sexo
Que em você é a magia botânica
E eu chego salgado no navio da amada
O navio do sorriso que em você é chama
E me leva à loucura de alucinólogo devorando plantas
Porque as flores do vício que na minha carne é carência
E na minha boca é o seu nome escorrendo o mel da pegada
São os anjos de uma força convertida nas cores flamejantes
Do amor único e desenfreado, o amor do macho pela fêmea
Que salva o planeta do desastre da solidão
Cujo nome é nunca, e está fora do nosso amor de vândalos da carne