Ciranda triste
Evandro camperom
Entardecia, eu caminhava
E cada passo era um punhal
Cortando a carne quente das pedras
Sangrando a erva sob o sol
E cada passo era um punhal
Cortando a carne quente das pedras
Sangrando a erva sob o sol
Eu carinhava as conchas
Que a onda desprezou
E interrogava as águas
Se o sal sarava males de amor
Era a toada tonta do mar
Sedento de paixões e naus
Era meu peito aberto em leque
Soprando barcos de papel
Eu carinhava as conchas
Que a onda desprezou
E interrogava as águas
Se o sal sarava males de amor
E tudo que era meu
Deixou de ser meu
E tudo que era meu
Deixou de ser eu
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