Festim circense

Detrás da lona

Festim circense
Eis que o tempo enfeitiçado,
Ao desejo dos batuques,
Traz a tona o detras deste
Tórrido vendo.
Que em ecos nos sufocam
Num cessar sereno e violento
Que aqui lhe chamam,
Desesperança.

Troca ás vestes do avesso
Veste as vozes da alegria
Onde haja luz, haja som,
Onde queima a vida,
Lhe soa tambor
Finda a calmaria
Lona florida erguida
Troca em toques entre os corpos
Eis o estandarte do sorrir.
Soa o côro dos palhaços
Macunados ao barulho
Em sonata a tantos cantos
Em resgate à noite encantos.
Que em brisa mansa agora vem

Em paixão ao sonho curto
Que se abre entre esses lábios
Embalando a nossa noite
Nesse rede gargalhada
Deste barco que é o som.

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