Parede psicótica
Gravata de vidroQue vive esperando por mim
Ela vai morrer
Ela vai morrer
Um povo louco, arraigado
Sem proteção
Ele vai morrer
Ele vai morrer
Digo que não
Dizes que não
Dizemos não
Me dê a mão
Dessa nação
Sem união
Essa razão
De ser, então
Sem educação
Traga-me o pão
E diversão
Sem eleição
Todo povo assim
Abrindo os olhos pra mim
Para ver e estar, sem se retratar
Todo povo assim
Envergonhado de si
Vai se mascarar, vai se maltratar
Essa sociedade que não tem mãos
Pra segurar quem é preciso
Essa sociedade que não tem voz
Para gritar pelo que é certo
Vota e volta, sem ter pensado
No tempo e espaço, um passo colado
Na minha, na tua, na cidadania
Cidade, saudade
É idade quem sabe
Samba no estádio, é gol que se ouve?
Levanta essas mãos, memoriza o momento
Pois bem do teu lado escuto lamento
Famílias jogadas, bem amontoadas
Acorda, soldado! Volta a dormir
Essa lua né tua, nem precisa vir
Pois quem cuida de tudo
Varre pra baixo
Desse tapete que é o país
Queima esse trono
Quem sabe? Eu sabo!
Como se conserta tod’uma cultura
Cintura na tela, sutura dela
Panela, tabela, tudo que se vê!