Vendo a lua engrandecida da soleira da janela
Com minha alma embevecida ao olhar coisa tão bela
Já me vem ao pensamento minha terna mocidade
Emoções neste momento me fazem sentir saudade

Eu vi tropeiros e boiadas, a cruzar pelo estradão
Vi chegar as arribadas, caminhando em lentidão
Ouvi contar das peonadas, das histórias do sertão
Vendo a noite iluminada, com a fogueira no galpão

Eu me sinto agradecido por ali eu ter estado
Por histórias comovido, relembrar do meu passado
Alegrias e tristezas, tudo teve o teu sentido
E as lembranças com certeza, voltam pra mexer comigo

Eu trabalhei nas empreitadas, ajudei fazer currais
Já rocei nas invernadas, derrubei os matagais
Mas a poeira levantada, quando os cascos cortam o chão
Essa sim ficou grudada, na pele e no coração

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