Fronteiros
Juliano morenoUma manhã fria me abriga o bichara
O meu gateado firma o trote e atropela
Na “invernia” que floreia a deus dará
Mermando sonhos montado bem a cavalo
O vento brando levanta que me se assanha
Percorro os campos da invernada do fundo
Volto meu mundo na fronteira castelhana
A vida passa e os tropeiros não se olvidam
E as seis marias tropeiam águas enfindas
Os sentimentos brotam nos olhos matreiros
Desses campeiros que não vivem sem a lida
Vou retinando essas estradas longínquas
De fronte as casas no cevar de um mate amargo
Tropeando anseios que um fronteiro eterniza
Sentindo a brisa que cobre o branco do marco
Quando um fronteiro solta um verso campo a fora
E amerlhaça um torena no varsedo
É mais um taura a mercejar sua fronteira
Sina campeira que traduz tantos segredos
A vida passa e os tropeiros não se olvidam
E as seis marias tropeiam águas enfindas
Os sentimentos brotam nos olhos matreiros
Desses campeiros que não vivem sem a lida
Mais ouvidas de Juliano moreno
ver todas as músicas- Domador e Doma
- Para o Mais Lindo Amor Campeiro
- Quando a Saudade Se Arrancha
- Na Boca da Madrugada
- A Uma Flor Que Se Faz Poesia
- Coplas de Mãos e Cordas
- De Sepés e Martins Fierros
- No Embalo do Basto
- Pelo a Pelo
- Bem Firme No Pega-mão
- Romance a Um Par de Rédeas
- Topando a Parada
- De Uma Outra Flor
- Flor Del Pago
- Fronteiros
- Guasqueiro
- De Cantar Pro Coração
- Sonhos de Primavera
- Na Boca da Madrugada