Romance a um par de rédeas
Juliano morenoPendurada no galpão
Há lembranças avoengas
E a vida firmando a mão
Pra voltar no próprio rastro
A escramuçar "soledades"
Tal se frenasse saudades
Na boca do coração
Na trança daquela rédea
Apeio um dia de infância
Na primeira campereada
Ao repontar vacas mansas
E por afoito que eu era
Pouca perna e muito estribo
Escutei de um velho amigo
Vai na tua mão a confiança
Pendurada no galpão
Distante do esquecimento
Aquela rédea trançada
Traz memorial em seus tentos
Aquela rédea trançada
Traz memorial em seus tentos
Com ela muito "orelhano"
Se transformou em cavalo
Pingo de dança no embalo
De contra-ponto com vento
Pingo de dança no embalo
De contra-ponto com vento
Na trança daquela rédea
Recuerdos pra vida inteira
E uma saudade insistente
Que não será passageira
Que levo dentro da alma
Por onde quer que eu vá
Pois nunca irei de me "ouvidar"
Dessa lembrança campeira
Na trança daquela rédea
Que um velho amigo deixou
Esta confiança garrada
Que nunca mais se quebrou
Naquela rédea trançada
O tempo se palanqueou
Em cada tento tramado
Lembro de ti meu amor
Pendurada no galpão
Distante do esquecimento
Aquela rédea trançada
Traz memorial em seus tentos
Aquela rédea trançada
Traz memorial em seus tentos
Com ela muito orelhano
Se transformou em cavalo
Pingo de dança no embalo
De contra-ponto com vento
Pingo de dança no embalo
De contra-ponto com vento.
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