Quod sum Éris
Julio codeEspelha-se em ícones bem sucedidos
Olhar empolgado pra capa de livro
E um riso oculto para os quadrinhos
Imagina o mundo superdotado
Tem poderes diversos os mais incríveis
Deseja voar pra se ver é ser livre
Esconder-se nas nuvens em tempos difíceis
Atirar contra o sol as armas de fogo
E afanar bombas nucleares
Entender e usar toda sua energia vital
Mover coisas só com olhares
A cada hora é um personagem
Adapta os poderes as necessidades
Dominar o mundo seria bem fácil
Salvá-lo no entanto é a prioridade
Traçou um caminho que será confuso
O que sabe é apenas partes de um início
Que não se torne um vício
A vontade que tem de atirar-se
Do auge de um precipício
Curiosidade e mais ânsia que tudo
O mundo é uma arena para o seu abate
Há de sentir todo ódio que sinto
Envolvendo sua alma no instinto selvagem
Perante as verdades ocultas recém-descobertas
De um mundo capitalista
Da pressão que sofre por que nasceu pobre
E ao valor que lhe dão e objeta sua vida
Há de ser como a ave que voa
Dentro do limite do azul a pensar que está livre
Mas aprenderá com o tempo
A não prolongar afeiçoes desta dor em reprise
Pra compreender o mundo terá de assistir
A complexidade em mil modos de vida
E até dominar o seu próprio universo
Será visto com maus olhos e malícia
Na dor e angústia medo e insegurança
Será contundente de atos impulsivos
Desequilibrado em sentimentalismo
Se apaixonado o mais louco possível
Na adolecência sonhos bem confusos
Vivendo dilemas até ver o rumo
Apunhalando-se nas decisões mau tomadas
E asiim aprendendo com o mundo
A reconhecer os seus próprios valores
E a desvendar vários dons ocultos
Vivendo distante da realidade
Mas creio que assim descobrindo-se culto
Trbalhando duro a criar seu império
E num mundo moderno, tanto quanto injusto
Durante a alegria dos passos
De um plano bem elaborado
Vem a dor com seu luto
O herói fica pasmo sentindo-se morto
E vela seus propósitos junto ao passado
Sem ter como agir, pois não foi preparado
Abandona o mundo no qual foi criado
Na juventude, acredito que
Longe da casa dos pais e longe dos amigos
Descrevendo em versos partes do passado
Ou personificando a história de um menino
Que agora é crescido