De campo e fronteira
Luidhi moro mullerCarrega pêlo na espora
De um crinudo campo a fora
Torcendo canga e lonca
Amarelando tutano
De um brotado dos arreios
E um basto partido ao meio
No miolo que vem berrando
Uma chamarra de campo
Deixa as marcas desse chão
E afroxa o calo das mão
Cruzando o rastro de um maula
Tirando cismas e balda
De um sem costeio a laçasso
E ajusta a volta do braço
Com tudo na meia espalda
Enforquilhado nesta chamarra
Que vem tapada de terra e poeira
Traz no seu verso alma e querência
E tem na essência campo e fronteira
Traz no seu verso alma e querência
E tem na essência campo e fronteira
Uma chamarra fronteira
Traz cheiro de criolina
E uma zebúa malina
Pisoteando a terneirada
Numa tarde requentada
Brazeriada do mormaço
Atordoada de agulhaços
Nos dentes da cachorrada
Uma chamarra de campo
Traz rondas e madrugadas
E a cantiga abarbarada
Na garganta de um paisano
Quando um ponteiro vaqueano
Gruda a tropa no uruguai
E desdobra um sapucay
Na ponta de um contrabando
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