Retrato de uma manhã de agosto
Luidhi moro muller
La pucha te digo tem bruta friagem na minha fronteira
Tem o Sol madrugueiro defende a aragem desta manhã campeira
Um baeta estendido firma a parada topamo o combate
Manhã fria de agosto desfaço teu gosto pro primeiro mate
Tem o Sol madrugueiro defende a aragem desta manhã campeira
Um baeta estendido firma a parada topamo o combate
Manhã fria de agosto desfaço teu gosto pro primeiro mate
E bamo simbora que tá na espora meu gateado frente aberta
No gosto da campanha não tem choro nem manha
A lida sempre é certa
E nunca frochemo, pois donde viemo não hay tempo feio
E chora a espora então vamo simbora
Na forquilha do arreio
É bem desse jeito que o agosto se achega aqui na querência
Adoçando a mirada e amargando a estrada da nossa vivência
Vem branqueando o pasto deitado a casco n’algum tropel
Vezes uma garoa não mais encordoa das bandas do céu
Saltar sem floreio arrasta os arreios nestas manhãs de agosto
Não tem tempo pra lida também se vive a vida por esses de agosto
É lindo de fato se fazer retrato junto da minha fronteira
Quando o Sol rompe as barra o olhar se esbarra
C’o esta manhã campeira
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