Florzita, regalo de um domador
Luidhi moro muller
Neste tranco de regresso
Colhi flores pra te dar
Que se mantém florescidas
Até encontrar seu lugar
Colhi flores pra te dar
Que se mantém florescidas
Até encontrar seu lugar
E repousar junto às tantas
Que lhe ofertei em desvelo
Pra se fazer lua cheia
Na noite dos teus cabelos
Flor que nasce co’a beleza
E a singeleza da aurora
Florzita que as primaveras
Desabrocham campo a fora
Flor que o campo por regalo
Aquerencio junto a terra
Adornando os corredores
E a solidão das taperas
Mais de mês que ando ausente
Pois me ajustei de domero
No que termino esta changa
Volto em trote chasqueiro
E distancio a saudade
A cada légua que venço
Levando a flor prometida
Enroladita num lenço
O mesmo lenço que guarda
Teu perfume embalsamado
E as despedidas na estrada
Acenando do povoado
E nele todo o carinho
Que o peito de um domador
Pode amansar na chegada
Fazendo ninho pra flor
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