Para ti, moça do campo
Luidhi moro mullerComo oferenda da terra
Ornamento das taperas
Quando o sumo da pureza
Enquadra na singeleza
Estes versos singulares
Pra engarupar-se nos ares
No retrato da beleza
É o verde dos teus olhos
Entre ares feiticeiros
Onde o lume de um candeeiro
Relembra o clarão da aurora
Reluzindo um par de espora
Que o úmido sereno
Os deixa ainda mais buenos
Nestes verdes campo a fora
Cevo o mate nos teus beijos
Doces beijos de amar
Teu abraço é um braseiro
E os teus olhos, dois luzeiros
Na estrada a me guiar
Trago o sol no teu sorriso
Em veraneiras miradas
E um luar primaveril
Banhados de sanga e riu
Boiando sobre as aguadas
Ei de cantar teu sorriso
Adoçando minha guitarra
Largar pro campo as amarras
Que trago no coração
E povoar a solidão
Com teus carinhos e penas
Trazendo a luz de um poema
Pra clarear a escuridão
Beleza que os olhos puros
Se vestem de plumas brancas
No olhar de uma criança
De brilho raro e inocente
Que transborda tal vertente
Quando a gota de uma lagrima
Não é pranto, nem é lastima
É amor... Remanescente!
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