Égua, poncho É teu dono

Égua poncho é teu dono
E a espora tua conselheira
Bocal e rédeas teu rumo
Meus pulsos tua benzedeira
Por isso te manssa
Não me convidada pra o tango
Que quando eu largo cortando
Não frouxo nem nas ladeira
Égua poncho é teu dono
E o potreiro tua invernada
Tu é raça veiaca

E eu não erro com a pisada
Por isso te para mansa
Não te embodoca pra o basto
Que a coragem vem de arrasto
E mando na mão trocada
Égua poncho é teu dono
E o teu pelo teu pecado
Tua mãe tobiana capincha
Teu pai o preto bragado
Por isso te para mansa
Que o capataz ta pra o povo
E eu já descasco teu ovo
Batendo nos dois costados

Égua poncho é teu dono
E o destino o domador
Te entrego
Buena de freio
E também de maneador
Por isso te para mansa
Não te renega pra doma
Que a cada golpe que toma
Eu ensino teu valor