Quando me encontro solito
Luiz marenco e jari terresMeu rumo pela querência é donde aponta a mirada
O pensamento descobre o descampado do mundo
Depois que cruzo a canhada de fronte o campo dos fundos
O pingo da montaria troteando aos olhos do dia
Que vagarzito se esconde do vento da noite fria
E o casco aninha o silêncio nas pedras do corredor
E o céu da noite se acampa nos ombros de um sonhador
Larguei solito pra pampa pois nela deixo meu rastro
Pra caso um dia careça seguir a marca dos pastos
Então é assim desse jeito que o campo me dá morada
Formando assim as taperas e estes andantes da estrada
Eu tenho o corpo mesclado com a bendição deste campo
E o campo invade a seu tempo a solidão do meu rancho
A estrada acalma os olhares pra quem procura seu mundo
Pois o destino é quem sabe quem vai ser um viramundo
A morte encontra meu pingo num tempo feio de agosto
Bem quando um vento soprava me palpitando um desgosto
Parece que a alma sabe e a noite mostra pra gente
Pois abre os olhos do dia de um modo bem diferente
Larguei solito pra pampa pois nela deixo meu rastro
Pra caso um dia careça seguir a marca dos pastos
Então é assim desse jeito que o campo me dá morada
Formando assim as taperas e estes andantes da estrada