Eterna mulher
Matheus brantOh firme senhora da pele marcada diz
Se em cada cicatriz
Descobre a tua vocação
De nunca recuar
Vejo a face ambígua daquela mulher
O riso desata num choro sem fé
A fome dá força, a febre calor
Oh minha senhora me diz por favor
Se o tempo do mundo está a teus pés
Pois pareces tão moça, antiga mulher
Dançando por entre os homens ninguém
Resiste ao teu encontro
Paixões tramando caminhos além
Do mal e do bem
Do meu e do teu querer
Pra sempre serei de ti, razão do meu viver
Vem, me conta sem medo por onde andastes
Revelas vaidosa somente os lugares
Onde os homens marcaram teu corpo pra sempre
Com sangue, palavras e beijos ardentes
Na boca de todos então tu deixaste
O gosto mais puro da tua verdade
Me diz enfim o que fazes aqui
Misteriosa mulher
Cantando versos de Deuses pra mim, tu realizas o fim
Da existência humana na Terra
És a memória do mundo
O presente agora
A eterna História