Matheus brant

Maligna

Matheus brant
Negra dor, cresce em mim, mas por favor
Leve não, sede, fome, vinho e pão, cálice
Era tudo, hoje nada. Sinta, vele, morte, vida

Um dia a mais, um céu azul
O norte perde-se no sul, desilusão
Não quero paz, quero a incerta ladeira do caos a verdadeira dor

Não me ofereça a cidade agora
nem me ofereça a mão e vá embora
Não quero o perdão nos seus olhos que miram perdoam sem saber porque

Quero a dignidade fria
malignidade sem vez
Os homens, os livros, as teses, mulheres
as doces fraquezas do ser

Negra dor, cresce em mim, mas por favor
Leve não, sede, fome, vinho e pão, cálice
Era tudo, hoje nada. Sinta, vele, morte, vida

O meu corpo a tua casa e tua casa se fechou em solidão
Tu rondas sem razão no escuro sem ter minha carne a sua ração
Vê que minha derrota é a tua gloria e tua gloria inglória kamikaze de que?
Negra-bomba, homem bomba, maligna-bomba sem ter nem porque

Tantas preces que te repudiam
A tua palavra o silêncio
E o meu silêncio é tua vitória me diga vitória de que?

Não me ofereça a cidade agora
nem me ofereça a mão e vá embora
Não quero o perdão nos seus olhos que miram perdoam sem saber porque

Quero a dignidade fria
malignidade sem vez
Os homens, os livros, as teses, mulheres
as doces fraquezas do ser

Negra dor, cresce em mim, mas por favor
Leve não, sede, fome, vinho e pão, cálice
Era tudo, hoje nada. Sinta, vele, morte, vida, chão.

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