Quintal
Matheus brantO fruto,
O verso,
O verbo,
O sexo
No meio do quintal
Um só reflexo do nexo
Entre o seu e o meu louco animal
Repito, refazendo cada segundo é tão vital
A fome, feito faca, fere todo homem tal e qual
O ciclo é como um cio,
Um vício tão difícil de se sustentar.
Um corpo pede mais um copo,
Outro corpo pede pra deitar.
O movimento é bem maior do que se pode imaginar,
Vai produzindo, consumindo o tempo todo sem parar
Às vezes, paro e penso em mim
Família, casa, filhos
A vida sabe como ser feliz,
Sabe um jeito de fazer sorrir
A natureza é minha amiga,
Inimiga também, por que não?
É tão bonita e vaidosa,
Essa mulher exige atenção.
Dona da minha vida,
Alegria do meu coração,
Te amar é bom, mas sofro
Quando penso em minha devoção
Às vezes, paro e penso em mim
E dá vontade de sair pro mundo,
Esquecer de mim.
Fazer só o que eu quiser,
Enfim.