Ramalhete (part. mc xamã)
MenestrelMeu rosto nos teus seios médios, um naufrágio
Pedras pontiagudas entre os dedos quando escrevo sobre o amor frágil
Um ato binário
Violável, aprisionaria o teu perfume em um frasco
O tempo fode tudo, pisei no chão instável
Teu abraço foi a faca, não o escudo
Lençóis de veludo, você criaria guelras
Se chegasse na profundidade em que eu mergulho
Me aventurei com outras valquírias
Liguei o ar, sento o frio por fora
Por dentro sinto a dias, grandes ruínas
Deitei com outras mulheres, troquei energias
Nossos segredos despejados em
Não só de fogo sobrevive uma paixão, (uma paixão)
Nossos segredos despejados em lençóis, (despejados em)
[Xamã e Menestrel]
Sexo ou amor
Me perguntou
Olhos ressaca me passam pra trás
Sente o fervor
Chorando está
De algo que foi e ti deixou marcas
[Menestrel]
No meu criado mudo já não cabem fotos nossas
Olho pro meu mural, ainda tem seu imã de flor
Que pregava o registro de quando fomos pra roça
Junto com um fio de cabelo seu enrolado dentro do meu cobertor
Aí que eu me pergunto, será que não foi justo?
Aquele tapa na cara que tu me deu por achar
Que eu não te achava o bastante, e que o meu produto
Seria ficar sozinho e ter uma morte por cantar
Ressaca moral se tornou meu nome do meio
As paredes do quarto mais tristes que de costume
Minha cama minha agarra, nas noites sou um vaga-lume
Só tenho o bloco de notas, ele tem sido meu esteio
Vazio minha expressão errante
Cego é só mais um adjacente
Por mais que você ainda se espante
Pra você sou uma verdade, pra eles só sou um produto da net
Baby se vai peço piedade
Não me queime mais com esse olhar que me prega
Algo de bom, tudo é pureza
Pena que mato o que me traz verdade
[Xamã e Menestrel]
Sexo ou amor
Me perguntou
Olhos ressaca me passam pra trás
Sente o fervor
Chorando está
De algo que foi e ti deixou marcas