Quente
Paulinho dagomé
E se eu colher a flor do seu sorriso
Transformo essa secura e essas cigarras
Em umidade quente, quente, quente, quente
Como a gente,
No meio dessa gente indiferente
Transformo essa secura e essas cigarras
Em umidade quente, quente, quente, quente
Como a gente,
No meio dessa gente indiferente
E se eu tirar o véu da tua alma
Eu rompo a fronteira entre esse lago
E essa cidade quente, quente, quente, quente
Como nós
No meio dessa triste úrbis sem voz
E se eu provar do meu da tua boca
Será a sensação de erva ou pó
Ou qualquer coisa quente, quente, quente, quente
Como um beijo
De um fauno ardendo em febre de desejo
E se eu sugar seus dentes com volúpia
Convenço-te da inutilidade
Desse poema quente, quente, quente, quente
Ao falar-te:
SÂO TEUS O MEU AMOR E A MINHA ARTE!
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