Pra os olhos dos que virão depois
Raúl quiroga
Uma garoa galopeada, um resto de tarde
À sombra grande no acochego do galpão
Mate, saudade e uma prosa bem campeira
Ritual antigo nestes fundos de rincão
À sombra grande no acochego do galpão
Mate, saudade e uma prosa bem campeira
Ritual antigo nestes fundos de rincão
E no galope do potro baio em frente às "casa"
No bate patas, donde saem fios de prata
Fazendo rima c'o a prata das corda antiga
Trazem na trança, verso, prosa e cantiga
Quem têm o tempo nas mãos faz arte, e molda este chão
Uma saudade antiga, um verso e tanto
Mais um poema contemplando o campo
E no barulho de alpargatas na casa grande
Reponta sonhos na alma de algum avô
Que olha de cima da moldura de um retrato
Semblante sério que me diz pra onde vou
Pra os olhos dos que virão depois
Eu deixo meus versos atados
Um gateado solto no campo
Uma tropa barrosa no pasto
Uma cruz no meio do pampa
E um sorriso..., na moldura de um retrato!!!
Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!