Sapiranga

Do amor e outras inquietações

Sapiranga
Eu bem sei que te amo e te vejo feito o cosmo, um planeta no chão
Sim, eu sei que em minha boca o teu beijo tem sabor intenso, ribeirão
Quando te vejo, sim, me arrastas o olhar entre a multidão
O amor que sinto é verdadeiro como o de Isaac e Salomão
Lampião das secas, bandoleiro, entre o carinho e a aflição
Vou correr mundo inteiro, só desejo cumprir minha missão.

Capoeira me chamou, pra dançar neste salão
Eu também sou Nagô, sou Saara, sou Sertão.

Eu nem sempre me calo inteiro quando calo to armando um não
Ou um talvez como um travesseiro, ou um sim em alta tensão
Eu vou dentro da alma e não perco nenhuma sensação de chão
Entre os meus desejos não almejo o que me custa caro aos olhos
Mas, pro que me remove sou inteiro, é o que move minha visão
Para o sábio não cabem os anseios, mas, o que cabe em suas mãos.

Capoeira me chamou, pra dançar neste salão
Eu também sou Nagô, sou Saara, sou Sertão.

A princesa 'pop' do mundo carrega a espada e seu corte
Espalhando canyons profundos, entre uma e outra civilização
Reviver Babilônia é um remorso que pesa em todos no coração
Haverá mais sentido na vida, quando a vida estampada no rosto
Revelar o sal que cura a alma aflita, o que remove paixões
Eu sou feito do Barro que envolve todas as minhas inquietações.

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