Lembranças de todo dia
Sapiranga
Essa gente andando descalça
Destino o asfalto dos sonhos de chão
De barriga colada ao espinhaço
Derrubando mato plantado feijão.
O sol vigiando o trabalho
Sussurra do alto seu forte clarão
Fazendo riacho escorrer pela pele
Regando de vida o chão.
Desde moleque franzino
Vejo toda essa dureza
Homem, mulher e menino
Sonhando com as correntezas
Das terras que não são suas
Chão repleto de incerteza.
(Um dia, um tiro grita do alto)
Mulher e menino chorando...
...O sangue escorrendo na serra
Manchando o alegre riacho
Com sonhos de pão e de terra
Um homem caído no mato.
Hoje eu velho franzino
No rádio jornal acompanho
A historia de um homem lutando
Na pele daquele menino
Gritando as dores do povo
Pelo chão que o divino nos deu
E aos poucos por poucos tomado
Num roubo cruel e ateu
Cada dia é uma nova tomada
Dessa vida felina e cruel,
Se morre um homem cresce um menino
Colhendo sonhos de chão e de céu
Destino o asfalto dos sonhos de chão
De barriga colada ao espinhaço
Derrubando mato plantado feijão.
O sol vigiando o trabalho
Sussurra do alto seu forte clarão
Fazendo riacho escorrer pela pele
Regando de vida o chão.
Desde moleque franzino
Vejo toda essa dureza
Homem, mulher e menino
Sonhando com as correntezas
Das terras que não são suas
Chão repleto de incerteza.
(Um dia, um tiro grita do alto)
Mulher e menino chorando...
...O sangue escorrendo na serra
Manchando o alegre riacho
Com sonhos de pão e de terra
Um homem caído no mato.
Hoje eu velho franzino
No rádio jornal acompanho
A historia de um homem lutando
Na pele daquele menino
Gritando as dores do povo
Pelo chão que o divino nos deu
E aos poucos por poucos tomado
Num roubo cruel e ateu
Cada dia é uma nova tomada
Dessa vida felina e cruel,
Se morre um homem cresce um menino
Colhendo sonhos de chão e de céu
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