Valdenir

A minha pressa

Valdenir
Eu tenho pressa pra sorrir
Pra sonhar
E sair por aí
Como faz a chuva
Que na terra insiste em cair
Eu tenho tanta pressa
E pouca coisa faz sentido
Não tenho mais aquele olhar
Que no seu insistia em colidir

Eu tenho a pressa da multidão
E o medo absoluto
De uma escuridão
Que me faz não mais ser adulto
E viver apressado com medo
Desse dragão
Que amar é pura invenção
De quem perdeu a lógica
E a razão

Eu tenho pressa
E também devaneios
Que durante o dia me faz promessas
E a noite é só rodeios
E tanta coisa me interessa
E quase nada faz sentido
É como se a vida
Fosse uma quermesse
E viver fosse proibido

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