Valdenir

Calmaria

Valdenir
De calmaria
Berra o homem
Quando reza avemaria
E quando corre do lobisomem
Porque no caminho
Sempre deixa seu erro
E ao invés de consertar
Ele fica de porre
E por esse mundo ele some
Acabando de arrebentar

De calmaria morre o homem
Que não sabe amar
Por descuido ou vaidade
E por não acreditar

O seus passos na areia
É a sua perdição
É como um corte na veia
E não se ter compaixão
De calmaria corre o homem
De natureza duvidosa
Por ter medo do passado
Vivendo em contradição

De calmaria ele chora
Por ter medo do mundo
Pelo que acontece lá fora
E que reflete por dentro bem fundo

De calmaria ele morre
Sem socorro
E quando ele corre
Sempre dá de cara pro morro

De calmaria ele é mito
É recado
É palpite
E quando aflito
É pra sempre abandonado

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