Véiétu

A fome vem cobrar

Véiétu
Pelas ruas e avenidas
Corre sangue, corre vida
Vidas que pulsam, vidas contidas, vidas perdidas

Por trás dos vidros dos carros e prédios
Da lente escura, a dor e o tédio
Cenas de gente abandonada e sem remédio

Tranque sua porta,
Ligue seu alarme
Solte seu cachorro

Hora dessa a fome
Vem cobrar da gente
E não vai adiantar pedir socorro, socorro, socorro....

Triste cena nos faróis e esquinas
Indigentes, loucos, viciados
Não adianta mudar o olhar, pois do outro lado tem um punhado

Se existe dor que corta a alma!
Mais que dor de ouvido ou de dente?!
É a dor da fome que não espera, ela não mente

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