Véiétu

O esquerdo se rebela

Véiétu
Eu não vou levar nada deste mundo
Você me pede amor profundo
Eu beijo sua boca, seus lábios famintos
Você come em gula meus instintos

Construo castelos de areia
Sinto seu laço, nesse doce amasso
Me perco na candura de suas mãos
Onde me faço e me desfaço

Seu sonho é invasor em marcha
Nisso meu olho direito te venera
Mas quem disse que sou colônia
E o esquerdo se rebela, Rebela... Rebela...

Corro atrás sem queimar pontes
Vivo a mil, pisando sempre no freio
Se paro, me abasteço, me estico e parto
Se fico meu bem, não aceito arreio

Você é flor rara, minha linda orquídea
Nosso presente, uma visão de prazer
Esse seu lado quero por inteira
Sem grilos, coleira ou ciumeira

Seu sonho é invasor, em marcha
Nisso meu olho direito te venera
Mas quem disse que sou colônia
E o esquerdo se rebela, Rebela... Rebela...

Quero seu sorriso, sua cumplicidade
Sua inocência e sua força de vontade
Com cães e borboletas, pois tu é bela
Mas sem isso, meu olho esquerdo se rebela,
Rebela... Rebela...

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