António vasco moraes

Fado das violetas

António vasco moraes
As violetas sozinhas
Pousadas como andorinhas
Num vaso de dor sentida
São assim tal como eu
A pedir amor ao céu
A sofrer de amor na vida

Tão triste como a tristeza
Tão pobre como a pobreza
Mais bela que a santidade
Essa flor beijando a terra
Deixa o perfume que encerra
O calor de uma saudade

Violetas perfumadas
No mesmo ramo enlaçadas
Ao preço do meu castigo
Assim juntamos as penas
Que as violetas apenas
Quiseram chorar comigo

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