Cavalo do cão

Não me fale de sentido
Cabresto de capataz
Eu canto sem tido lido
Receita de como faz
Por favor, não vem mais
Nesse livro desaberto
Livre de libertação
Morada de mil desertos
Gaiola do corrupião
Por favor, não vem não
Na forma que move montanha
Façanha de quem te formou
Suástica cruz franciscana
E pulso que o prego pregou
E na estrela onde busco remédio
Remédio médio remedia minha dor
Virou buraco que esta se escurecendo
Virou invento sem nenhum inventador
Vamo simbora entrar nesse passo
Armar essa corda pular nesse laço
Meu amor
Me fale do bento escolhido
Na patriarcal sociedade
Me fale do falo falido
Depois de uma certa idade morreu
E o morto levanta da tumba
E bumba feito mamulengo
Defunto de morte matada
Que já morreu faz é tempo
Vivente de alma penada
Que vaga feito mazela
E chora sua lagrima morta
Na parafina da vela
E o pulso ausente da fera
E o seu arredio coração
Viril como negra pantera
Tão frio quanto fio de fação
Vamo simbora entrar nesse passo
Armar essa corda pular nesse laço
Meu amor