Casa de caba

Um hiato

Casa de caba
Um hiato, uma bombinha no rabo do gato
Uma comida sem sal
Um chip novo pro velho animal
Um sorriso artificial de um apresentador sem graça
É assim que se molda a massa
Uma nave pousou lá no meu quintal
Eu não sei muito bem a hora
Quando eu tava deitado pra ir dormir
Um ET me chamou pra fora
E disse rindo:
Você vai preferir ficar dormindo
Enquanto eu trago a revelação?
Dos anos em que você não nasceu?
Do tempo absurdo que você perdeu
Um espelho que não reflete
Não serve só mede o discurso do
Eu vou embora pra outro lugar
Vou orar pro tempo pra me diluir
Pra não deitar e desfrutar de qualquer cama
Nem que o mais santo
Mais papa degrau da fama me liberte
Não vou querer que o sangue me liberte
E o dicionario criador dessa moral
Que se alimenta dessa peste emocional
Que faz a vida parecer mais cinza
Celebridade de perna aberta
Membros de sociedade secreta
Humanidade atolada na merda
Até o pescoço tá osso!
Eu vou embora pra outro lugar
Vou orar pro tempo pra me diluir
Minha mãe me tira desse inferno
Esse mundo moderno
Já me parece fosco
Tá muito organizado pro meu gosto
Eu vou respirar fundo porque
A Quimera amor, é mera psicologia
É drama de gente vazia
Entre espinho e flor
Não há diferença nenhuma
São todos a mesma chama
São todos da mesma coisa
Vem todos da mesma coisa
Vão juntos pra mesma coisa
É tudo a mesma coisa
Para, para ouvir
Pare, pere ai pra escutar
Deixa o Buda interno falar...
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