A morte do rio
Crioulo dos pampas
O peixe desapareceu, a fome ocupou o lugar
O pescador entristeceu por não ter onde pescar
O biguá também partiu para nunca mais voltar
Vendo o peixe sucumbir não há razão pra ficar.
O pescador entristeceu por não ter onde pescar
O biguá também partiu para nunca mais voltar
Vendo o peixe sucumbir não há razão pra ficar.
O peixe sumiu, a água turvou
Na barranca deste rio nunca mais ninguém pescou.
As flores dos aguapés tem a cor do desespero
Perderam toda a beleza com a morte do pesqueiro
Depois de ver tudo isso eu também chorei de dor
Acabou-se para sempre meus sonhos de pescador.
O progresso e a ganância arbitraria e atrevida
Agridem a natureza, já não respeitam a vida
Estão destruindo tudo a água, a mata e o ar
Estamos morrendo aos poucos só deus pode nos salvar.
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