Clareando as coisas
Crioulo dos pampasMas a vergonha e o respeito são claros dentro de mim
Faço juz ao próprio nome só não sou tipo qualquer
E duvido quem me dome
Sou crioulo e muito homem para o que der e vier.
Jamais andei xeretando não sou gente lambanceira
Que depois fica tentando tapar o sol com a peneira
Tendo a verdade nas mãos e mentira não me pega
Em qualquer ocasião
Um crioulo com razão não se afrouxe e nem se entrega.
Procuro evitar encrenca, sempre fui de boa fé
Mas se o mau tempo despenca eu jamais arredo o pé
Embravecer até custo não leviano de juízo
Mas acho que até é justo
Quem não nasceu de susto pelear quando for preciso.
Negro tuim eu não adulo, mulato e branco também,
Sou crioulo e não engulo desaforo de ninguém
Meus amigos tomem nota nossa amizade é sagrada
Isto pra uns idiotas
Que se falar na maciota eles não entendem nada.
Quiseram me derrubar e no entanto caíram
Tentaram me derrotar, lutaram e não conseguiram
Agora então analisem a razão deste meu peito
Não sou o que muitos dizem
Eu só não deixo que pisem por cima dos meus direitos.