Vento minuano
Crioulo dos pampasVarreu minha esperança, varreu meu sonho, minha ilusão,
Até minha inspiração ele foi varrendo sem piedade,
Só não varreu a saudade que está morando em meu coração.
Vento minuano, que canta e chora e assovia,
As minhas noites tem sido frias, ninguém aquece meu coração.
Vento minuano, faça o favor, seja meu amigo,
Traga meu bem pra ficar comigo que eu não suporto esta solidão.
O vento passou rasteiro e foi varrendo grama e capim,
Varreu todo meu terreiro e todos os canteiros do meu jardim,
Até o retrato dela ele varreu de cima da mesa,
Só não varreu a tristeza que está morando dentro de mim.
Vento minuano, que canta e chora e assovia,
As minhas noites tem sido frias, ninguém aquece meu coração.
Vento minuano, faça o favor, seja meu amigo,
Traga meu bem pra ficar comigo que eu não suporto esta solidão.
O vento passou lá em casa e foi varrendo o que viu na frente,
Varreu galpão e garagem, varreu folhagem e varreu semente,
Até a história da gente tentou varrer sem necessidade,
Mas não varreu a vontade de ter meu bem aqui novamente.
Vento minuano, que canta e chora e assovia,
As minhas noites tem sido frias, ninguém aquece meu coração.
Vento minuano, faça o favor, seja meu amigo,
Traga meu bem pra ficar comigo que eu não suporto esta solidão.