Inverno eterno

Na memória

Inverno eterno
Houve o tempo em que eram vividas,
As imagens que hoje são memória.

Vejo nos teus olhos essa amarga tristeza,
A crua solidão que se espalha pelo corpo.
A existência de ontem absorvida na sombra de hoje...

Sentes-te agora
Por entre as palavras que ecoam no espaço vazio,
Nessa sala deserta pintada de recordações,
Existem, perdidas de tempo...

Na memória as minhas palavras saem ocas,
Abaladas pelo meu interior em ruínas,
Que partilham da mesma dor.

Precisava de me desfazer em cuspo,
Em choro e ranho,
Extirar-me todo num arranco,
E ficar depois a apodrecer.

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