Inverno eterno

Trago a morte no olhar

Inverno eterno
Caminho por áleas desertas,
Com a vida numa mão.
O vazio ermo que me turva o pensamento
A solidão que me faz definhar.

Este mal que me devora
O saber que se existe...
Esta tristeza que sufoca e corrói -
Dum pesar infinito.

Na janela, o teu sorriso
A sombra que te faz existir.
E na mão que acena devagar: o adeus mudo
A morte que eu trago no olhar.

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