Coió (coronel inácio oliveira)
Laécio beethoven
Coió de primero pensava ser bicho
Não tinha sustança, passava aperrêi
Um nó no vazi, sem luz um espêi
Juntava bregueço e morava no lixo
Na testa a mizera ferrou um capricho
Levava no lombo sem lenço ou rudia
Magava a cacunda. repare a relia
Ganhou a pilide coió-abestado
Com tanto apetrecho era arremedado
Cadiquê porquêra moiada fedia
Ii
Catinga, inhaca, murrinha, sintina,
Baci e coió a camin da fêra
Catota e remela juntando poeira
Ontonte vexado mudou sua sina
Coió, de veneta, lembrou da menina
A fia que deu a maria rezadeira
Na lapa do mundo chispou na carrêra
Torano mascate e mourão na titela
Deu fé que o juízo abriu a cancela
Cába da mulesta sumiu na ladeira
Iii
Condo da mundiça coió capou gato
O povo acunhou fogo na reborréa
Tentano cinzar na cachola as idéia
Quemou roupa vêa, foquite, sapato
Maldano mermá a raíz desse fato
Rezou pra lá fora bater caçuleta
Em riba da brasa butaro ar muleta
Cabá infincaro uma cruz no subejo
Destá que o destino carece cortejo
Pois porta a justiça, razão, baioneta
Iv
A vida meêra daquele arrebó
Atáia seu tópi praquele currá
Porque na fazenda maria aguiá
Morava a donzela joana carol
Mais bela que flor, mais clara que sol
Nos trinque, sem medo, sem fome, sem pai
Muntada a cavalo na tarde ela sai
No mêi do camim o pordo refuga
O mundo nó-cego, malino fêi ruga
Da sela no lado do páia ela cai
V
Joana relada no chão desapêa
Acorda no tombo um véi sonolento,
Faminto, breado, de vera, nojento
Sem-eira-nem-beira na terra alheia
No coração dela o instinto parêa
Percebe passar o fasti de amá
Lembrou da promessa de localizá
O imbigo incardido que maria deu
Pois inda pequena no mato perdeu
Na mão do fedido já pode avistá
Vi
O pai com a fia chorano se abraça
O pranto correno lavou o passado
Coió cum destreza foi logo cuidado
Ganhou roupa nova, morada de graça
Espie a justiça cuma fai pirraça:
Com a rezadeira indoje é casado
Amode alembrá um golin do passado
Vortô ao lugar que fincaro a cruz
Cavô pra rancar, meu sinhô, por jesus,
Achou uma arca de ouro enterrado.
Vii
Virou um ricaço, juntou sua prole
Pissue os terreno onde os ói arcança
Acolhe idoso, ajuda criança
Ninguém mais intica, se ri ou lhe bole
Comprou um triângo, zabumba e fole
Discança tocando na rede, na istêra
Hoje é cortejado inté in mei-de-feira
Quem era o magrelo coió abestado
Por cima das cinzas ergueu um sobrado
Museu coronel inácio oliveira.
Não tinha sustança, passava aperrêi
Um nó no vazi, sem luz um espêi
Juntava bregueço e morava no lixo
Na testa a mizera ferrou um capricho
Levava no lombo sem lenço ou rudia
Magava a cacunda. repare a relia
Ganhou a pilide coió-abestado
Com tanto apetrecho era arremedado
Cadiquê porquêra moiada fedia
Ii
Catinga, inhaca, murrinha, sintina,
Baci e coió a camin da fêra
Catota e remela juntando poeira
Ontonte vexado mudou sua sina
Coió, de veneta, lembrou da menina
A fia que deu a maria rezadeira
Na lapa do mundo chispou na carrêra
Torano mascate e mourão na titela
Deu fé que o juízo abriu a cancela
Cába da mulesta sumiu na ladeira
Iii
Condo da mundiça coió capou gato
O povo acunhou fogo na reborréa
Tentano cinzar na cachola as idéia
Quemou roupa vêa, foquite, sapato
Maldano mermá a raíz desse fato
Rezou pra lá fora bater caçuleta
Em riba da brasa butaro ar muleta
Cabá infincaro uma cruz no subejo
Destá que o destino carece cortejo
Pois porta a justiça, razão, baioneta
Iv
A vida meêra daquele arrebó
Atáia seu tópi praquele currá
Porque na fazenda maria aguiá
Morava a donzela joana carol
Mais bela que flor, mais clara que sol
Nos trinque, sem medo, sem fome, sem pai
Muntada a cavalo na tarde ela sai
No mêi do camim o pordo refuga
O mundo nó-cego, malino fêi ruga
Da sela no lado do páia ela cai
V
Joana relada no chão desapêa
Acorda no tombo um véi sonolento,
Faminto, breado, de vera, nojento
Sem-eira-nem-beira na terra alheia
No coração dela o instinto parêa
Percebe passar o fasti de amá
Lembrou da promessa de localizá
O imbigo incardido que maria deu
Pois inda pequena no mato perdeu
Na mão do fedido já pode avistá
Vi
O pai com a fia chorano se abraça
O pranto correno lavou o passado
Coió cum destreza foi logo cuidado
Ganhou roupa nova, morada de graça
Espie a justiça cuma fai pirraça:
Com a rezadeira indoje é casado
Amode alembrá um golin do passado
Vortô ao lugar que fincaro a cruz
Cavô pra rancar, meu sinhô, por jesus,
Achou uma arca de ouro enterrado.
Vii
Virou um ricaço, juntou sua prole
Pissue os terreno onde os ói arcança
Acolhe idoso, ajuda criança
Ninguém mais intica, se ri ou lhe bole
Comprou um triângo, zabumba e fole
Discança tocando na rede, na istêra
Hoje é cortejado inté in mei-de-feira
Quem era o magrelo coió abestado
Por cima das cinzas ergueu um sobrado
Museu coronel inácio oliveira.
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