Porra
Leo fazio
Meu rapaz, que porra traz?
Que mal tu faz sem ver a mais?
Que porra faz
À quem não sabe quando é noite, quando é tarde
Quando chega o covarde?
Porque a vida tudo leva
A morte é fria, só na espera
Dessa porra pra acabar
Mas que porra vai restar?
Sem ter a nada
Na cidade que acautela com a tal de febre amarela
Que não cansa de matar
Em caso de corte nos lares
Caminhe na tragédia e se mova aos pares
Todos em seus lugares
Tudo nas suas mãos
Então prossiga meu irmão
Pois porra nenhuma vai mudar
Mas que porra eu vou contar em minha chegada
Em porra de lugar nenhum?
No cemitério do araçá
Que é o meu lugar
Aperte o cinto da esperança
Alimente a sua pança emparelhada
Com uma história de ninar
Em outra vida, outro clique
Encarando a tela fria
Embalado na retina
Emparelhando na Paulista
Encalhado na piscina de um chão bem chique
Encaralhado na farinha
Em outra porra de dia a demorar
Em volta da Lua sangrenta
Ninguém mais lamenta a chuva de urubu
Então vai tomar no cu
Mas cuidado, rapaz
Dinheiro cagado fede demais
A ponto de ser amado
Por todo aquele vê asfaltado
Seu cérebro podre, acabado
Acabou-se o medo da grande revolta popular
Da população enrabada
Enrosco na cabeça de quem tem em si mesmo o caos
E também não entende mais nada
Mas que porra engraçada
A minha geração que se sente culpada
Pela porra do lugar
Que já existe a muito tempo
Antes mesmo da estação da luz
E o viaduto do chá
Mas mesmo assim nasça, cresça, ande e apareça
Sua palavra vale um tiro, vê se acerta na cabeça
Encontre a sua história la parada na memória
E veja glória que era sonhar e perceba
Que a vida não é moleza
Vai roubar tua mesa
Vai manter sua pobreza
Vai nutrir tua tristeza
A não ser que caminhe com os olhos em pé
Mas não mantenha sua fé
Se ela engole toda sua sanidade
E gira em torno da maldade
Bem lhe quer, mal lhe quer na colher
Bem lhe quer, mal lhe quer na colher
Mas que porra é essa rapaz mas que porra é essa?
Bem lhe quer, mal lhe quer, bem lhe quer, mal lhe quer
Olha aqui pra mim meu
Que mal tu faz sem ver a mais?
Que porra faz
À quem não sabe quando é noite, quando é tarde
Quando chega o covarde?
Porque a vida tudo leva
A morte é fria, só na espera
Dessa porra pra acabar
Mas que porra vai restar?
Sem ter a nada
Na cidade que acautela com a tal de febre amarela
Que não cansa de matar
Em caso de corte nos lares
Caminhe na tragédia e se mova aos pares
Todos em seus lugares
Tudo nas suas mãos
Então prossiga meu irmão
Pois porra nenhuma vai mudar
Mas que porra eu vou contar em minha chegada
Em porra de lugar nenhum?
No cemitério do araçá
Que é o meu lugar
Aperte o cinto da esperança
Alimente a sua pança emparelhada
Com uma história de ninar
Em outra vida, outro clique
Encarando a tela fria
Embalado na retina
Emparelhando na Paulista
Encalhado na piscina de um chão bem chique
Encaralhado na farinha
Em outra porra de dia a demorar
Em volta da Lua sangrenta
Ninguém mais lamenta a chuva de urubu
Então vai tomar no cu
Mas cuidado, rapaz
Dinheiro cagado fede demais
A ponto de ser amado
Por todo aquele vê asfaltado
Seu cérebro podre, acabado
Acabou-se o medo da grande revolta popular
Da população enrabada
Enrosco na cabeça de quem tem em si mesmo o caos
E também não entende mais nada
Mas que porra engraçada
A minha geração que se sente culpada
Pela porra do lugar
Que já existe a muito tempo
Antes mesmo da estação da luz
E o viaduto do chá
Mas mesmo assim nasça, cresça, ande e apareça
Sua palavra vale um tiro, vê se acerta na cabeça
Encontre a sua história la parada na memória
E veja glória que era sonhar e perceba
Que a vida não é moleza
Vai roubar tua mesa
Vai manter sua pobreza
Vai nutrir tua tristeza
A não ser que caminhe com os olhos em pé
Mas não mantenha sua fé
Se ela engole toda sua sanidade
E gira em torno da maldade
Bem lhe quer, mal lhe quer na colher
Bem lhe quer, mal lhe quer na colher
Mas que porra é essa rapaz mas que porra é essa?
Bem lhe quer, mal lhe quer, bem lhe quer, mal lhe quer
Olha aqui pra mim meu
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