O começo da história
Nóis e a máquinaNa beira do rio
O branco em suas embarcações ascende o pavio
O índio faz oferenda em busca de paz e proteção
O branco chega de surpresa com espada na mão
Brasil, em troca de um espelho meu
Brasil é assim que vou chamar esse lugar
Onde o pôr do sol será meu
As tribos vão dar lugar
A minha religião, a cruz que sempre carrego
Meu modo europeu, o arco e flecha por munição
Hoje tem festa dos xucurus, dos pancararus
Para esquecer a dor
Hoje a batucada dita a dança e a liderança é o meu tambor
É festa que vem dos canijós, dos pataxós da tradição
Dos cabocolinhos, dos batuqueiros o som dos guerreiros na multidão
É a identidade descoberta
O som de alerta dos rituais
A filosofia da essência
Que faz cadencia nos carnavais
Toda a imponência nos cocares
E nos colares dos caetés
Evocando a positividade e a liberdade em seus torés
Cadê Nãnã?
Cachimbo da paz se apagou
Iracema à procura de um novo amor
Peri agora não é mais herói
Nem ouço os gritos de guerra da minha nação talvez seja Tupi,
Talvez seja Tupã a minha nova encarnação
Se assim for vou fazer valer a pena
Vou até lá para guerrear, para guerrear eu vou
Cadê Nãnã?
Cachimbo da paz se apagou
Iracema à procura de um novo amor