Paulinho kokay

Bicho solto

Paulinho kokay
Bicho solto desce o morro
Forja sonhos, contramão
Quebra o vidro, passa bala
Bem nos cornos do irmão

Bicho solto vai na manha
Puxa o fumo, cai de pé
Segue o vento na poeira
Dribla a sorte, vai na fé

Bicho solto não tem dono
Traz na morte o seu furor
Não se importa com o abandono
Pois se aninha com a dor

Mas na hora do amor
Bicho solto chora
Não entende o que sente
O seu coração

Mas na hora no temor
Bicho solto implora
Pra não ver o seu corpo
Estendido no chão

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