Prosa mineira
Paulo matricó
Sou cabôco, sou menino
Nas veredes da idade
Sou cigarra no verão
Planto vozes do sertão
No coração da cidade
Nas veredes da idade
Sou cigarra no verão
Planto vozes do sertão
No coração da cidade
Andarilho, canto o chão
Sentinela dos redutos
Assustando tentações
Exorcizo viadutos
Vira sina, fera, boi
De cantoria certeira
Contra a força dos currais
Da represa e da esteira
Sou sereno da manhã
Que serena acauã
Sou fulô da laranjeira
Sou peroba, sou madeira
Sou roseira, sou espinho
Sou de cantiga estradeira
Sou a vinga do caminho
Sou resina curandeira
Que logo alivia a dor
Sou Cora, sou Coralina
Messína rezadeira
Madrinha dos cantadô
Sou fulô da laranjeira
Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!