A filha do diabo
Poeta j sousaCom luzinete feitosa
E ele notou que ela
Estava um pouco chorosa
Aí “zé quiabo” disse:
- Luzinete, sem tolice,
Me responda por, favor
Por que tu estás chorando?
Tanto pranto derramando
Tá sentindo alguma dor?
Ou luzinete se tu
Tiver se sentindo mal
Me diga que eu te levo
Agora pra o hospital
Luzinete respondeu:
- Zé quiabo, amigo meu,
Eu não tô doente não
Estou bem sadia sim
Mas estou chorando assim
E tenho toda razão.
Ou “zé quiabo” eu estou
Me sentindo arrasada
Mataram o meu marido
Segunda feira passada!
“Zé quiabo” deu um grito
Dizendo: - não acredito,
Mataram o teu marido?
Um homem tão lutador,
Honesto e respeitador
Por todo mundo querido!
Disse ela, mataram sim,
Sem nenhuma compaixão
E agora sem meu marido
Eu estou na solidão
Tiram a vida dele
E eu agora sem ele
Não sei como vou viver
Ou zé quiabo querido
Agora sem meu marido
Aumentou o meu sofrer.
E quem foi que matou ele?
Perguntou o “zé quiabo”
Luzinete respondeu:
Foi à “filha do diabo”!
A “filha diabo” é ingrata
E a muita gente mata
Por esse mundo afora
De modo cruel e ruim
A meu marido deu fim
Me deixou viúva agora.
E eu também vou agora
Me cuidar - viu, “zé quiabo!
Pra eu também não ser morta
Pela “filha do diabo”
Você se cuide também
Porque senão ela vem
Te matar a qualquer hora
Meu marido não cuidou-se
A “filha do diabo” trouxe
O fim dele sem demora.
“Zé quiabo” em seguida
Perguntou todo nervoso:
- Quem é a “filha do diabo”
Que acabou o teu esposo?
E se eu não cuidar me acaba,
O nome dela é diaba?
Disse dona luzinete:
- “Né diaba não zé quiabo”!
Ou zé - a “filha do diabo”
É uma tal de “diabete!”
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