Roubo inusitado
Poeta j sousaDo brasil com o Paraguai
Comigo estava meu filho
Minha esposa e meu pai
Enquanto a gente estava
Ali um homem passava
Na fronteira vez em quando
Em um cavalo montado
E um saco cheio amarado
Na garupa carregando
E antes daquele homem
A fronteira atravessar
O pessoal da alfândega
Mandava ele parar
Pra fazer a vistoria
Do que ele conduzia
Naquele saco amarrado
Para se certificar
Se ele estava a levar
Algum produto roubado
Quando desatava o saco
Que a boca do mesmo abria
Somente areia fina
Era o que dentro havia
O pessoal amarrava
O saco e depois mandava
O homem então passar
Dizendo: "é um cidadão
Ele não é um ladrão
Podemos verificar!"
Com meia hora depois
De volta o homem vinha
Conduzindo outro saco
Com a boca amarradinha
A polícia lhe parou
E o saco desatou
Pra ver o que o mesmo tinha
Era areia novamente
E deixou seguir em frente
Levando sua areinha
Não passou nem dez minutos
Lá vem o homem de novo
Montado no mesmo cavalo
Trazendo outro saco novo
A polícia parou ele
Desatou o saco dele
E verificou urgente
O que ele carregava
Pois não é que levava
Era areia novamente.
Aí a polícia logo
Do homem desconfiou
Desceu ele do cavalo
E passar não mais deixou
Foi verificar direito
Para daquele sujeito
O malfeito encontrá-lo
A polícia persistiu
E ligeiro descobriu
Que o roubo era o cavalo.
Ele conduzia o saco
Na garupa do cavalo
Para enganar a polícia
Pra ela não pegá-lo
Mas a polícia notou
Pegou o saco, rasgou
E derramou a areia
A o cavalo soltou
E o ladrão ela levou
Direto para a cadeia
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