O padre, o prefeito e o burro
Poeta j sousaNa praça em frente a matriz
E o padre vendo aquilo
Não se sentia feliz
Mas esperava que alguém
De perto ou de além
Tirasse o burro da praça
Porém isso ninguém fez
E o padre por sua vez
Dizia: "mas que desgraça!"
Passou-se uma semana
E o burro morto lá
Quem ia sentar na praça
Dizia assim: "não dá
Pra ficar nesse local
Enquanto esse animal
Não for tirado daqui,"
E aquilo todo dia
As autoridade via
Mas não estavam nem aí
Aí aquelas pessoas
Que gostavam de sentar
Toda noitinha na praça
Foram com o padre falar
E disseram com rancor
Oh seu padre, por favor
Dê um jeito de tirar
Aquele burro da praça
A praça está sem graça
Não dá pra ninguém ficar.'
Além da pra está feia
Ninguém aguenta o fedor
Por isso seu padre, a gente
Lhe pede esse favor
Faça isso urgentemente
É o único lugar que a gente
Tem a noite pra sentar
Mas com aquele burro morto
É total o desconforto
Ali naquele lugar!"
Diante desse reclame
O padre disse assim
"Vou fazer vosso pedido
Pode confiar em mim
Com o prefeito vou falar
Pedir pra ele mandar
O pessoal da limpeza
Ao animal retirar
Para a praça voltar
A ter a mesma beleza"
Aí o padre saiu
Bastante insatisfeito
Dirato pra prefeitura
Pra conversar com o prefeito
Chegando na prefeitura
Disse com muita bravura
Ao prefeito Luiz:
"Mande um empregado seu
Tirar um burro que morreu
Lá na praça da matriz.'
Um burro morto na praça
Não dá certo não, prefeito
O povo que vai á praça
Sai de lá insatisfeito,
Por isso eu vim aqui
Somente ao senhor pedir
Que encarecidamente
Mande ao burro retirar
Da praça sem demorar
Faça isso urgentemente!!"
Aí o prefeito disse
Assim só pra chatear:
"Oh padre e não é seu dever
Dos mortos então cuidar?"
Quando isso escutava
O padre que já estava
Com as duas orelhas quentes
Respondeu alto a dizer:
"Mas também é meu dever
De avisar aos parentes!"
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