A teoria do caos
RappekUm amor quente igual o meu café
Deus, não deixe minha fé esfriar
Um mundo em chamas é um mundo frio
O fogo aquece, mas pode queimar
TV a cores no seu quarto cinza
Enquanto as cinzas caem pra te lembrar
Que a nossa vida é como a brasa acesa
Que a roda-viva pode apagar
Quantas lembranças vamos esquecer?
Tragam-se maços do filtro que for
Viram-se cartas pra tentar prever
Se o nosso rumo é mesmo um rumor
Hoje ninguém se preocupa em saber
Se o tempo fecha, quem muda o humor?
Os corações congelam por sofrer
Mas o inverno intensifica a dor
O que sabemos são só teorias
O que sentimos são só teorias
O que nós vemos são fotografias
Que Deus me livre dessas almas frias
O que sabemos são só teorias
O que sentimos são só teorias
O que nós vemos são fotografias
Que Deus me livre dessas almas frias
As juntas doem, mas nós estamos juntos
Junte as peças do meu ser partido
Faltam-me partes ou me faltam fundos?
A cada parto, outro anjo caído
Minha verdade mais parece um surto
Não dizer nada é algo positivo
Sou luz pra cego, palavra pra surdo
Por isso me sinto um morto vivo
Vejo flores de plástico nesses vasos de ego
Mesmo que eu acerte o passe, vão lembrar meus erros
Ninguém vai caminhar meus passos, por isso me apego
Desde maio igual Tim Maia querendo sossego
Cada ação, uma reação, a lição que eu carrego
Trabalhar sem ter garantia, sem pedir arrego
Fazer mesmo que custe caro, creio no que prego
Tendo em mente que o fim da história é só um recomeço
O que sabemos são só teorias
O que sentimos são só teorias
O que nós vemos são fotografias
Que Deus me livre dessas almas frias
O que sabemos são só teorias
O que sentimos são só teorias
O que nós vemos são fotografias
Que Deus me livre dessas almas frias
É, eu sou o acaso
Os cacos do espelho da vida
A metamorfose ambulante
Conhecido como Frankenstein
Mudando a história
E sendo moldado por ela
Essa é a teoria do caos