Rappek

Uma chance

Rappek
Eu não me reconheço mais, estou perto do fim
Crescendo enquanto algo morre dentro de mim

Vivendo nesses conflitos, guerras tiram minha paz
Sofrendo por minha vontade, na cidade igual Antraz

Enlouquecendo aos poucos na iniquidade de tais
Mas não por estar confuso, no fundo, eu sei demais

Enquanto o mundo acaba, corpos em nossos quintais
Jornais onde os filhos morrem antes que os pais

Esqueça o drama, o papo é grana, eu vejo inveja no ar
Eu vim da lama e quis a fama com ambição no olhar

Eu montei um quebra-cabeça e passei a questionar
Quantas mentiras que o governo ainda vai nos contar?

Pensando em quantas histórias ainda vão esconder
Pensando em quantos heróis ainda vou conhecer

Pensando em quantos livros nós deveríamos ler
Pensando bem, quantos deles podemos escrever? (hein?!)

É que eu só tenho uma chance
Não desperdiço tempo por que nunca é o bastante
Planos pra vencer, quero tudo ao meu alcance
Eu não posso perder, agora é hora da revanche

Tramei um plano de vida, peguei a rota de fuga
Tentei sair da Matrix, mas ela sempre me suga

Tô procurando a saída, mas ela é tão absurda
Me chamam de suicída, pois meu discurso não muda

Estou cansado dessas farsas e farto dessas putas
Cercado por traíras que testam minha conduta

A verdade é que ninguém sabe, de fato, minhas lutas
Julgando os meus atos com críticas dissolutas

Ouço ideias fajutas de um sistema demente
Com vários símbolos macabros que me deixam doente

Represento a resistência e vou subir de patente
Embriagado com frequência, ainda assim consciente

São o suficiente, mano, eu não tô carente
Estou em pleno vigor, mas o cansaço é aparente

Causando má impressão, a pressão fodeu minha mente
Destravei a minha pistola, ainda tenho mais um pente (pláw)

É que eu só tenho uma chance
Não desperdiço tempo por que nunca é o bastante
Planos pra vencer, quero tudo ao meu alcance
Eu não posso perder, agora é hora da revanche

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!