Cantiga dum marginal do século xix
Vitorino
Não me pergunto onde vou
Os caminhos nunca acabam
Andorinhas de asa negra
Só vivem enquanto voam
Os caminhos nunca acabam
Andorinhas de asa negra
Só vivem enquanto voam
De polícia já estou farto
Civil ou republicana
De presidente de estado
Bem fardado ou à paisana
Chapéu preto bem nos olhos
Residente em parte incerta
Trago bombinhas com mel
E os sentidos sempre alerta
Da natureza nascemos
Vivemos com a razão
Vendo luas e não pago
Imposto de transacção.
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