Vitorino

Lua extravagante

Vitorino
No crepuscular olhar do tempo
sobre as coisas
Lisboa, já veste as roxas veste
diz adeus aos teus que lá se foram
pele mar fora
de dor faz caminho o viandante

Viandante das ondas que
não deixam de chegar
barquinho atrevido ao cabo mau
de penas se faz a vida vã
dum marinheiro
de amores nasce a Lua extravagante

Oh Lua vê lá dos teus cuidados
com a gente
porque o cabo mau não
quer deixar
que o meu barco volte ao cais
donde parti confiante
Lisboa não pode esperar mais...

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