Defuntos

Nos olhos da lembrança

Defuntos
A avidez alastra-se pelos caminhos
Saídas torturadas, espalham o terror nas regiões
Multidões amontoadas, escondidas secretamente
Para rituais de Morte…

Enterros sucessivos assolam a época
Recém nascidos e crianças falecem, nesta quadra de frio
Ataúdes rangem, Almas estremecem
Murmúrios provenientes do vazio, assombram…

Corredores enfeitados com velhice
Esculpidos por mãos cansadas de viver
O cheiro a bafio começa a ser sentido intensamente
Na escuridão, aparições ilustram o Passado oculto

Paredes adornadas com molduras macabras
Caras que viviam desoladas,
sem esperança
Pela corda a tragédia chegou àquele lar,
sem piedade
Meramente bolores crescem com vida nestas ruínas…

Num passado lúgubre
Eles vagueiam nas ruas da miséria
Na calçada,
os seus ossos tombam de desgraça

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